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Os jovens brasileiros estão usando drogas cada vez mais cedo. Segundo os especialistas, a iniciação hoje ocorre entre os 12 e 13 anos. O primeiro passo nessa direção pode acontecer aos 11 anos, idade em que eles começam a provar bebidas alcoólicas e se relacionar com pessoas mais velhas. Para o estudante de direito, João Pedro Mello, 20 anos, foi assim que tudo começou.
Além de experimentar muito cedo, se envolveu com amigos que eram usuários, e a influência foi o principal motivo para ele entrar nesse mundo. Ele conta que com 14 anos começou a usar maconha. “Usei porque amigos meus disseram que o corpo ficava relaxado, era muito novo, usei maconha até os meus 16 anos, quando comecei a experimentar outros tipos de drogas mais pesadas, como crack, cocaína e extasy, quando percebi já estava dependente delas, já não conseguia ficar um dia sem usá-las”, conta o adolescente.
Muitos pais, ao se deparar com um caso de drogas em casa, começam a se desesperar e já querem imediatamente internar seus filhos, foi o que aconteceu com os pais de João Pedro. “Quando descobri que meu filho era um dependente de drogas, pensei porque isso estava acontecendo justo na minha família, quis logo internar meu filho, mais ele não aceitava”, diz a mãe, Marcela Gonçalves Mello.
Nesse momento começava outra batalha, fazer com que João Pedro aceitasse se tratar foi ai que resolveram procurar a ajuda de uma psicóloga especialista em adolescentes. “O adolescente tem menos defesas biológicas, seu organismo ainda está em formação, quanto mais cedo começam a usar, maior é o risco de dependência", comenta a especialista Cristina Freitas.
O tratamento é demorado, para os especialistas a internação é um recurso extremo e estudos científicos mostram que 85% dos casos são tratados sem necessidade de internação. As clínicas de desintoxicação são indicadas para dependentes que não aceitam tratamentos, que já estão totalmente dependentes, que tenha algum problema mental ou psíquico associado, ou quando existe risco de suicídio.
João Pedro precisou ser internado e ficou na clinica de recuperação cerca de 45 dias. A primeira fase é a mais complicada, por ser um processo de desintoxicação, aonde ocorrem vários surtos provenientes da síndrome de abstinência, em alguns casos sendo necessário a introdução de medicação. A próxima fase é aonde o dependente começa a ter respostas para seus questionamentos, na qual muitas respostas não estarão de acordo com sua vontade e sua maneira de pensar e agir. A última fase o dependente dará início à base de sua recuperação; substituindo velhos conceitos por novos, como honestidade, responsabilidade e disciplina, adquirindo novos valores. Desenvolve a auto-estima, tirando o egocentrismo que até então predominava. “Foi uma fase difícil, em que ficava sem ver minha família mais de uma semana, no começo não queria aceitar a medicação, mais através de conversas com psicólogos enxerguei que tudo isso era para o meu bem, ou eu fazia isso ou ia morrer logo” relata.
Depois de ficar internado por cerca de 45 dias, João Pedro conseguiu dar a voltar por cima, porém não foi um caminho fácil, o que percorreu. Quando saiu da clinica de recuperação, continuou fazendo terapia com a psicóloga, teve que procurar seu espaço novamente na sociedade, fazer novas amizades e ir retomando sua vida aos poucos.
Além de experimentar muito cedo, se envolveu com amigos que eram usuários, e a influência foi o principal motivo para ele entrar nesse mundo. Ele conta que com 14 anos começou a usar maconha. “Usei porque amigos meus disseram que o corpo ficava relaxado, era muito novo, usei maconha até os meus 16 anos, quando comecei a experimentar outros tipos de drogas mais pesadas, como crack, cocaína e extasy, quando percebi já estava dependente delas, já não conseguia ficar um dia sem usá-las”, conta o adolescente.
Muitos pais, ao se deparar com um caso de drogas em casa, começam a se desesperar e já querem imediatamente internar seus filhos, foi o que aconteceu com os pais de João Pedro. “Quando descobri que meu filho era um dependente de drogas, pensei porque isso estava acontecendo justo na minha família, quis logo internar meu filho, mais ele não aceitava”, diz a mãe, Marcela Gonçalves Mello.
Nesse momento começava outra batalha, fazer com que João Pedro aceitasse se tratar foi ai que resolveram procurar a ajuda de uma psicóloga especialista em adolescentes. “O adolescente tem menos defesas biológicas, seu organismo ainda está em formação, quanto mais cedo começam a usar, maior é o risco de dependência", comenta a especialista Cristina Freitas.
O tratamento é demorado, para os especialistas a internação é um recurso extremo e estudos científicos mostram que 85% dos casos são tratados sem necessidade de internação. As clínicas de desintoxicação são indicadas para dependentes que não aceitam tratamentos, que já estão totalmente dependentes, que tenha algum problema mental ou psíquico associado, ou quando existe risco de suicídio.
João Pedro precisou ser internado e ficou na clinica de recuperação cerca de 45 dias. A primeira fase é a mais complicada, por ser um processo de desintoxicação, aonde ocorrem vários surtos provenientes da síndrome de abstinência, em alguns casos sendo necessário a introdução de medicação. A próxima fase é aonde o dependente começa a ter respostas para seus questionamentos, na qual muitas respostas não estarão de acordo com sua vontade e sua maneira de pensar e agir. A última fase o dependente dará início à base de sua recuperação; substituindo velhos conceitos por novos, como honestidade, responsabilidade e disciplina, adquirindo novos valores. Desenvolve a auto-estima, tirando o egocentrismo que até então predominava. “Foi uma fase difícil, em que ficava sem ver minha família mais de uma semana, no começo não queria aceitar a medicação, mais através de conversas com psicólogos enxerguei que tudo isso era para o meu bem, ou eu fazia isso ou ia morrer logo” relata.
Depois de ficar internado por cerca de 45 dias, João Pedro conseguiu dar a voltar por cima, porém não foi um caminho fácil, o que percorreu. Quando saiu da clinica de recuperação, continuou fazendo terapia com a psicóloga, teve que procurar seu espaço novamente na sociedade, fazer novas amizades e ir retomando sua vida aos poucos.